
Luís Filipe Vieira endereçou à Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Benfica um regulamento eleitoral alternativo, com algumas mudanças relativamente àquele que tinha sido dado a conhecer na semana passada pela própria MAG, elaborada pela Direção presidida por Rui Costa, e que poderá ser discutida hoje mesmo em mais uma reunião de trabalho entre o órgão liderado por José Pereira da Costa e representantes das candidaturas já anunciadas.
Em comunicado, o antigo presidente do clube da Luz justifica o envio do regulamento alternativo por considerar que “não deve ser a recandidatura de Rui Costa, por via da atual Mesa da Assembleia Geral, a fixar unilateralmente as regras do ato eleitoral”, visando Vieira com esta proposta que cada sócio tenha “a certeza de que os seus votos serão contados com o número que tem e não com outro qualquer”.
Decidiu, por isso, acrescentar ao documento “princípios fundamentais que ele não tem”. Desde logo a “universalidade do voto, que se traduz no direito de voto por todos os sócios com capacidade eleitoral ativa, nomeadamente por voto à distância”. Também a “descentralização da assembleia geral eleitoral”, com o aumento do número de secções de voto. Ainda “transparência”, com a “efetiva e célere divulgação da informação sobre o processo eleitoral, com recurso ao sítio do clube”.
Nas últimas duas alíneas, defende-se “a igualdade de tratamento”, com organização do processo eleitoral “sem beneficiar ou prejudicar quaisquer candidatos”, finalizando com a exigência de “imparcialidade, que se traduz no dever de prevenir quaisquer situações de conflitos de interesses que possam gerar suspeições sobre as decisões relacionadas com a direção do processo eleitoral, designadamente a impossibilidade de membros da Mesa serem candidatos em listas a quaisquer órgãos sociais”.